Endereço

Av. Jerônimo Monteiro, 117 – Jaburuna,
Vila Velha

Atendimento

7:00am – 18:00pm (Seg-Sex) 

Reabilitação Pós Covid

A COVID-19 é uma doença altamente contagiosa, provocada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda (SARS-CoV-2), que afeta principalmente o trato respiratório superior, semelhante a um resfriado simples, mas pode comprometer o trato respiratório inferior. Além da doença respiratória, que pode ser grave e levar à morte, a COVID-19, podem ocorrer outras complicações aos pacientes acometidos, tais como: cardíaca, hepática, renal, neurológica, imunológica, física e psicológica.

O SARS-CoV-2 é um dos vírus que causa a infecção, que cursa assintomática ou com sintomas leves em aproximadamente 80% dos casos, mas pode provocar uma síndrome respiratória aguda capaz de evoluir para insuficiência respiratória grave em 5 a 10% dos casos. Trata-se de um agravo à saúde recente e por isso ainda há muito a ser esclarecido sobre sua história e evolução natural, bem como sobre o melhor manejo clínico e sequelas pós acometimento.

Sequelas Pós Covid

Os pacientes recuperados da Covid-19, muitas vezes, não retornam à vida normal após a alta hospitalar ou após vencerem a fase aguda da doença, visto que surgem as chamadas sequelas da Covid-19, que estão sendo pesquisadas por diferentes profissionais em todo o mundo.

Estudos mostram que até 46% dos pacientes que foram hospitalizados apresentaram sequelas como fadiga, dispneia e dor torácica, e também, fraqueza muscular, baixo condicionamento cardiorrespiratório, perda de equilíbrio, distúrbios mentais, miocardite, úlceras de pressão, polineuropatia, tromboembolismo venoso, dores crônicas, dentre outras.

Uma pesquisa publicada no Journal of the American Medical Association (JAMA) mostrou que, mesmo meses após estarem curados da Covid-19, 87% disseram ter um ou mais sintomas da doença, como cansaço e problemas respiratórios.

Muitas pessoas que contraíram o vírus passaram a lidar com sequelas e complicações, outros com perda de familiares e amigos próximos, além de problemas econômicos, sociais e até problemas psicológicos.

Fisioterapia Pós Covid

O papel do fisioterapeuta na reabilitação motora, funcional e respiratória é fundamental para essas pessoas, sendo o principal objetivo da Reabilitação Pós Covid a reconquista da independência funcional e qualidade de vida a quem se recuperou do coronavírus. Esses impactos funcionais podem e devem ser acompanhados por uma equipe de Reabilitação Interdisciplinar,  com um olhar individualizado e acompanhamento progressivo, os quais podemos citar o transtorno de estresse pós-traumático, a ansiedade, a fraqueza muscular, a falta de ar, a dificuldade para engolir, a perda de peso e a desnutrição.

Com o acometimento pela COVID-19, estes pacientes naturalmente aumentam o tempo em que ficam na posição sentada ou deitada, o que pode contribuir de forma expressiva para maior intolerância ao exercício, redução de força muscular, prejuízo de tosse e expectoração e maior risco de trombose venosa profunda (TVP), especialmente em indivíduos que fazem parte do grupo de risco, como idosos e obesos. Dessa maneira, a fisioterapia deve ser baseada em uma avaliação abrangente das condições de saúde do paciente e dos objetivos terapêuticos.

Avaliação do paciente

O tratamento é feito após o fisioterapeuta realizar uma avaliação completa e elaborar um plano de tratamento individualizado e progressivo, com um olhar sobre a recuperação da funcionalidade do paciente. Para tanto, a avaliação e o exame físico devem ser realizados de maneira criteriosa e individualizada, os quais precisam ser avaliados, além dos sinais e sintomas, parâmetros como:

  • Ausculta pulmonar;
  • Avaliação da capacidade de exercício e funcional;
  • Avaliação da função pulmonar;
  • Avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde;
  • Frequência Cardíaca;
  • Frequência respiratória;
  • Função muscular dos membros superiores e inferiores;
  • Pressão Arterial;
  • Sinais de desconforto respiratório e falta de ar;
  • Teste de equilíbrio;
  • Teste de Saturação de Oxigênio (Oximetria de pulso).

Por isso a Fisioterapia respiratória e motora são essenciais na reabilitação do paciente pós Covid-19, sendo o Fisioterapeuta o profissional que poderá atuar na melhoria da dispneia, na prevenção de complicações respiratórias, cardiovasculares, musculoesqueléticas e neurológicas. Além de contribuir no ajuste às limitações funcionais, reestabelecendo a qualidade de vida e retorno do paciente às atividades laborais, sociais e esportivas.

Dentre as sequelas, a fadiga crônica têm sido a mais frequente, em que as pessoas ficam cansadas, independentemente se a doença foi grave ou não. Há pacientes que por meses se arrastam nessa fadiga, que não necessariamente é uma falta de ar, mas uma dificuldade de fazer as atividades rotineiras devido a uma prostração generalizado

Ainda não há estudos conclusivos sobre a extensão das sequelas da Covid-19, mas a prática mostrou que uma parcela significativa dos recuperados continuam necessitando de fisioterapia (principalmente respiratória) por um longo tempo.

Os especialistas recomendam que a fisioterapia respiratória inicie tão logo o paciente esteja curado dos sintomas mais graves, já que os primeiros 7 dias após a alta hospitalar são decisivos para o desfecho da recuperação funcional. Entretanto, por se tratar de uma doença em pesquisa pela comunidade científica, não é possível determinar um prazo específico para a duração do tratamento.

Exercícios terapêuticos e Fisioterapia Respiratória

Os exercícios ajudarão a melhorar a disposição, força muscular e flexibilidade, mantendo o paciente mais ativo e com intuito de auxiliá-lo no retorno o mais breve possível às suas atividades cotidianas.

Como recomendação geral, além dos exercícios aeróbios de baixa intensidade, devem-se incluir exercícios de força muscular, equilíbrio e alongamentos no tratamento fisioterápico destes pacientes, bem como treino de Atividades de vida diária, sempre que detectada a incapacidade para realização destas. Enfatizamos, que essas condutas somente deverão ser adotadas quando a condição clínica e funcional do paciente permitir e com orientação do Fisioterapeuta, o qual através do tratamento com exercícios respiratórios diversos, associado a exercícios nos MMSS (membros superiores) e MMII (membros inferiores), tem como objetivo a melhora significativa do cansaço e da SatO2 (saturação de oxigênio), caso esteja baixa ou em uso de oxigênio, proporcionando melhora total dos desconfortos respiratórios.

plugins premium WordPress